Enfim, vi um ótimo jogo ao vivo, o clássico alemão entre Borussia Dortmund e Bayern de Munique. Vitória por 1 a 0 do Bayern, em um jogo equilibrado, que teve até torcida virtual, dos dois lados, produção da federação alemã.
O gol foi belÃssimo, do jovem meio-campista Kimmich, um dos destaques do time e da seleção alemã. Teve também a colaboração do goleiro. O Bayern não tem volantes. São dois meio-campistas, que marcam, organizam e avançam no momento certo. Foi uma partida quase toda jogada com dois toques, com poucos dribles, caracterÃsticas do estilo alemão. Faltou ao Borussia a sua imensa torcida, a real, uma das mais vibrantes do mundo.
No último dia 25, o acervo da Folha mostrou, que, há 50 anos, o jornal publicou a seguinte manchete: âA seleção vence o último teste antes da Copa do Mundoâ. Falou ainda que o time jogou em ritmo lento, na vitória por 3 a 0 sobre o Irapuato, do México.
Antes do jogo, a seleção já estava escalada para o Mundial, e Zagallo aproveitou para fazer várias mudanças. A impressão que todos nós tÃnhamos, jogadores e comissão técnica, era a de que a equipe tinha evoluÃdo bastante nos treinamentos e que estava em condições de brilhar no Mundial. A dúvida era na comparação técnica com as três favoritas: Inglaterra, Itália e Alemanha.
Ficamos dois meses e meio no México, a maior parte do tempo em Guadalajara, onde jogamos as cinco primeiras partidas, por termos sido o primeiro de nosso grupo. Em Guadalajara, nos hospedamos longe do centro. Parecia um hotel de encontros. Era simples e confortável. Na entrada, havia um grande refeitório, onde fazÃamos também nossas reuniões. No centro do hotel, tinha uma piscina e, em volta, em forma de âUâ, havia dois andares de apartamentos. Eu e Piazza ficamos juntos, como acontecia no Cruzeiro.
A cada semana, havia uma folga, que começava após o almoço e terminava às 23h do mesmo dia. Cada um fazia o que queria. Meus pais, que foram assisti