Quando se deu a implosão criminosa do Clube dos 13 não foram poucos os que viram a espanholização do futebol brasileiro.

Flamengo e Corinthians, donos das maiores torcidas do país, ao negociarem separadamente seus contratos com a TV logo se transformariam no Real Madrid e no Barcelona brasileiros.

Não aconteceu e nada indica que um dia acontecerá porque o Brasil tem outros clubes com massas torcedoras capazes de impedir o fenômeno, algo que a Espanha não tem.

Além do mais, por incompetência, ganância e modelo de gestão superado, um clube como o Corinthians, com muito mais adeptos que o Flamengo em seus respectivos estados, e no maior mercado brasileiro, jamais foi capaz de aproveitar tamanha vantagem.

Mas, de repente, do ano passado para cá, ao sanear suas finanças e montar um timaço, o Flamengo virou a ameaça de se transformar no Bayern Munique brasileiro.

O clube bávaro acaba de se sagrar octacampeão seguido na Alemanha e de conquistar seu 30° título nacional, 21 a mais que o segundo maior campeão, o Nuremberg, hoje na segunda divisão.

Para que a rara leitora e o raro leitor tenham uma ideia, foi em 1987 que o Bayern superou o Nuremberg, ao ganhar sua décima taça. De lá para cá comemorou mais 20 conquistas em 33 anos, com o papel de principal concorrente restrito ao Borussia Dortmund, cinco vezes campeão no período.

Dizer hoje ser grande a chance do Flamengo em se distanciar dos rivais é fácil. Difícil é garantir que amanhã siga sendo.

Porque nossos clubes têm histórica dificuldade para manter vantagens e padecem da falta de sustentabilidade.

Nem é preciso recorrer aos tempos do Santos de Pelé para constatar. Então, ora o Palmeiras, ora o Botafogo, beliscavam a hegemonia, ou até mesmo o Bahia, nosso Leicester na Taça Brasil de 1959, embora em sistema de mata-mata. O Cruzeiro, em 1966, foi outra coisa, porque, de fato, tinha um esquadrão.

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