Pedro Ivo Almeida Pedro Lopes

São Paulo

A briga judicial entre o atacante Hulk e Marcos Maciel Batista Ramos, ex-marido de sua atual noiva, envolve uma auditoria, insinuações de traição, acusações de fraude e discussões ríspidas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.

O UOL Esporte teve acesso à íntegra das mais de 1.200 páginas do processo do jogador contra seus sócios em uma rede de supermercados chamada Classe A, que corre na 16ª Vara Cível de João Pessoa. De um lado, Hulk tenta destituir Marcos Maciel e os outros dois sócios, Antonio Dantas e Diego Dantas, acusando os três de má gestão, uso inadequado de mais de R$ 4 milhões investidos por ele e de sonegar informações sobre o empreendimento, que tem duas unidades e tinha uma terceira em processo de construção.

Os réus defendem seus atos à frente da empresa e alegam que o caso é, sim, pessoal. Isso porque, como revelado neste domingo (17) pela reportagem, Hulk é acusado de manter um caso extraconjugal com Camila Ângelo, sobrinha de sua ex-esposa Iran Ângelo e ex-mulher do sócio Marcos Maciel.

A defesa de Maciel chega a insinuar que o relacionamento entre Hulk e a mulher que foi casada com seu sócio já acontecia há mais tempo, sendo o fator chave na ação movida pelo atacante. Hulk teria começado a namorar Camila no fim de 2019. Marcos, no entanto, acusa os dois de se relacionarem desde antes disso -incluindo um período em que o empresário ainda era casado com a noiva do atacante.

AUDITORIA

A principal prova apresentada por Hulk é o laudo de uma empresa de auditoria contratada pelo próprio jogador. Em um documento de 70 páginas, o auditor Fábio Lira aponta “a falta de profissionalização da gestão, ausência de controles internos organizacionais, ausência de um modelo de desenvolvimento organizacional adequado ao crescimento sustentável os negócios, pela falta de políticas contábeis, tributárias, trabalhistas, financeiras, organizacionais e econômicas claras que possibilitem o alcance dos objetivos da empresa que devem ser traçados a partir de um planejamento econômico financeiro de médio ou longo prazo, bem como a não utilização adequada da tecnologia da informação aplicada ao gerenciamento de suas atividades”.

A auditoria contratada pelo jogador afirma que a gestão dos sócios coloca a empresa sob risco, havendo indícios de sonegação fiscal, pagamentos realizados sem nota e R$ 2,5 milhões em prejuízos. O relatório atribuiu isso a “erros crassos cometidos pela administração”, com “gastos com pessoal de 50%, prestadores de serviços de 66,67%, perdas conhecidas e desconhecidas de 111,64%, em comparação com os percentuais gastos pelo mercado”.

O auditor ainda afirma que houve retiradas de dinheiro além dos valores combinados entre os sócios, e que estas foram registradas como “outras despesas”, ao invés de estarem em sua categoria usual “pró-labore”. Isso, de acordo com a análise do auditor, ainda poderia gerar problemas tributários.

Hulk ainda emprestou R$ 6 milhões à rede Classe A, segundo o jogador,

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