Poucos meses depois de ter seu contrato com o Indiana Pacers rescindido e de ser contratado pelo Golden State Warriors, em 2007, Stephen Jackson ajudou seu novo time a eliminar o Dallas Mavericks, que tinha conquistado 67 vitórias na temporada regular, na primeira rodada dos playoffs.

No começo da temporada seguinte, Jackson tinha conquistado um novo posto e deixado para trás o rótulo de encrenqueiro que havia resultado em sua dispensa pelos Pacers.

Don Nelson, o treinador dos Warriors na época, o chamava de “capitão Jack”. “Ele era nosso líder”, disse nesta semana o armador Baron Davis, reconhecido amplamente como melhor jogador daquela equipe, sobre Jackson.

Jackson se viu envolvido em controvérsias muitas vezes, durante suas 14 temporadas na NBA, mas colegas de time prestigiados, como Davis e o astro Tim Duncan, do San Antonio Spurs, que já se aposentou, o elogiaram muitas vezes ao longo dos anos por sua liderança, lealdade e por seu instinto de proteção.

Essas mesmas qualidades vêm sendo exibidas nas últimas duas semanas em Minnesota, onde Jackson voltou a chamar a atenção do público como ativista em apoio a George Floyd, um velho amigo seu da região de Houston morto em 25 de maio quando estava sob custódia da polícia de Mineápolis.

“As pessoas têm me dito que agora estou na quadra para o jogo mais importante da minha vida”, disse Jackson em uma entrevista por telefone. “Quando recebo mensagens assim, isso me comove e empolga.”

Jackson havia acabado de acordar de uma soneca no sofá de sua casa com a filha Skylar, 6, quando viu pela primeira vez o horrendo vídeo que mostra o pescoço de Floyd sendo comprimido contra o concreto pelo joelho de um policial branco de Mineápolis, Derek Chauvin, por quase nove minutos.

Chauvin foi acusado de homicídio em segundo grau, e três policiais que não intervieram foram acusados de cumplicidade.

Jackson não percebeu de imediato que o homem que buscava ar desesperadamente, no vídeo, era seu amigo do complexo de habitação popular Cuney Homes, no Third Ward de Houston, até que desligou o vídeo e começou a receber mensagens de texto de amigos preocupados. Os gritos que se seguiram, contou Jackson mais tarde ao programa “Today”, apavoraram sua filha.

Desde então, o sono vem sendo difícil para Jackson, que viajou a Minnesota determinado a contar a história de Floyd e a atrair mais atenção para o acontecido com ele. Não demorou muito para que Jackson se tornasse um porta-voz imprevisto para a família de Floyd e o movimento Black Lives Matter, que vem ganhando impulso em todo o mundo.

Depois de dias de aparições públicas, mensagens no Instagram e entrevistas de televisão em apoio à campanha –entre as quais um discurso apaixonado durante uma entrevista coletiva realizada em 29 de junho na prefeitura de Mineápolis–, Jackson viajou a Houston na terça-feira (9) para o funeral de Floyd na igreja Fountain of Praise,

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