Quatro partidas abrem nesta segunda-feira (17) os playoffs da NBA. Em uma temporada cheia de desafios, a liga americana de basquete chega aos mata-matas em um cenário esportivo imprevisível, em que a única certeza até o momento tem sido a eficácia da “bolha” construída para a finalização do campeonato.

Paralisada por mais de quatro meses pela pandemia de Covid-19, a disputa foi retomada em um ambiente controlado, construído no complexo da Disney, nos arredores de Orlando. Com exames diários em todos os concentrados no local desde a chegada das delegações, na primeira quinzena de julho, não houve nenhum resultado positivo para o novo coronavírus.

Só entre os jogadores, 342 pessoas foram submetidas a testes múltiplas vezes. Com um protocolo bastante rígido estabelecido para os que precisavam sair e retornar ao complexo, a NBA conseguiu se sair bem na primeira parte do desafio: concluir a fase de classificação sem casos de infecção pelo Sars-CoV-2.

Quem não se saiu tão bem, ao menos até agora, foram os times que chegaram a Orlando como favoritos ao título. Los Angeles Lakers e Los Angeles Clippers, tidos como os principais concorrentes da Conferência Oeste, e Milwaukee Bucks, líder da Conferência Leste, apresentaram problemas, o que tornou ainda mais incerta a luta pelo troféu.

Ela já não era de fácil previsão pelo andamento atípico da temporada, que teve oito jogos para cada time após longa interrupção. A disputa pelo troféu tem ainda um fator inédito, que amplia o cenário de incertezas: sem público no ginásio, não há efetivo mando de quadra ou vantagem para os donos das melhores campanhas.

Até existe uma torcida virtual, com espectadores aparecendo em um telão e o sistema de som simulando um ambiente favorável aos mandantes, mas isso é apenas uma questão estética para as transmissões pela televisão. Para os atletas, como descreveu o armador T. J. McConnell, do Indiana Pacers, trata-se de um fator inexistente.

Assim, mesmo com o melhor retrospecto da liga, os Bucks não terão a possibilidade de contar com o apoio que teriam em Milwaukee. Eles chegam aos playoffs com um retrospecto de 56 vitórias e 17 derrotas, porém registraram três triunfos e cinco reveses desde o reinício da competição na Flórida.

Liderados por Giannis Antetokounmpo, favorito a ser novamente eleito o melhor jogador da temporada regular, eles continuam exibindo favoritismo no Leste, mas terão de mostrar que os resultados recentes foram fruto de um time classificado, com a primeira posição assegurada, descansando para as partidas decisivas.

A mesma lógica se aplica ao Los Angeles Lakers, líder do Oeste, que teve na “bolha” o mesmo aproveitamento do Milwaukee. A equipe pareceu francamente desinteressada em alguns momentos, poupou atletas em vários outros e fechou a primeira

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