Dos 10 clubes que mais receberam dinheiro da Uefa pelas participações em competições continentais desde 1992, 3 estão fora da atual edição da Champions League: Manchester United, Arsenal, Roma.

A preocupação com que a distribuição de renda não termine com o equilíbrio do futebol é legítima, mas não há certeza de que uma coisa se ligue diretamente à outra.

Além dos ricos fora da Champions, nesta semana houve outro sinal de que é possível ameaçar os gigantes com mais visão e organização do que dinheiro: a Atalanta.

Quarta colocada da Série A da Itália, a Atalanta é um milagre do futebol moderno. Na temporada passada, foi o nono clube em arrecadação de televisão, atrás de Juventus, Inter, Milan, Napoli, Roma, Lazio, Fiorentina e Sampdoria.

O Milan não disputa a Champions League desde 2014. Na quarta (19), a Atalanta goleou o Valencia por 4 a 1 no jogo de ida das oitavas. O autor da proeza é o técnico Giampiero Gasperini, que já fracassou na Inter e hoje joga no 3-4-3.

A organização vem do empresário Antonio Percassi. Ex-jogador da Atalanta, Percassi produz artigos de beleza e tem centros termais. Já foi presidente de 1990 a 1994, período em que vendeu Evair para o Palmeiras e ajudou a Atalanta a chegar às quartas da Copa da Uefa, hoje Liga Europa.

Chegar longe em competições europeias é uma proeza para o time italiano que mais foi rebaixado na história.

A Atalanta também vive no país que mais sofre com a hegemonia de um clube. A Juventus é mais do que o Flamengo pretende ser, octacampeã consecutivamente, mais do que o Bayern, hepta, ameaça maior do que a espanholização de Real e Barcelona, na Espanha.

No Brasil, falamos sobre o risco de supremacia do Flamengo. O único sintoma parecido foi o Santos de Pelé, campeão paulista em 11 de 15 disputas e cinco vezes seguidas vencedor da Taça Brasil. Nunca houve Juventus de Turim aqui.

Mas sempre houve

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