Não é por acaso que o movimento âEsporte pela Democraciaâ, hoje com quase 300 integrantes, fez abaixo-assinado para protestar contra a suspensão do edital do Bolsa Atleta neste ano.
Com texto curto e direto, diz o manifesto: âRecebemos com preocupação o anúncio feito pelo governo federal sobre o cancelamento do edital do programa Bolsa Atleta no ano de 2020, um retrocesso que significará, na prática, o não pagamento de um ano de salários para atletas de alto rendimento de diversas modalidades esportivas.
O Bolsa Atleta, instituÃdo pela lei 10.891/2004, é um dos maiores programas de patrocÃnio esportivo do mundo, polÃtica pública eficiente e consolidada, que se tornou referência no paÃs e perpassa vários governos desde a sua criação, como um pilar fundamental da PolÃtica Nacional de Esporte.
O cancelamento do edital do Bolsa Atleta em 2020 mostra o descompromisso do governo com o esporte e os atletas brasileiros, além de significar um duro golpe que visa o desmonte das polÃticas públicas do setorâ.
De fato, é mais uma pá de cal no frágil esporte olÃmpico, o ápice da caminhada brasileira que deu passo maior que a perna ao sediar os Jogos OlÃmpicos de 2016 e que faz os atletas pagarem a conta não criada por eles.
Lembremos das falaciosas promessas do então presidente do Comitê OlÃmpico do Brasil e comandante da aventura olÃmpica, respaldada pelo governo Lula de olho numa vaga, que nunca veio, no Conselho de Segurança da ONU, quando o Brasil parecia decolar em direção ao primeiro mundo.
Dizia Carlos Arthur Nuzman, então, que a OlimpÃada do Rio seria o marco inicial da transformação do Brasil em paÃs poliesportivo.
OlimpÃadas devem coroar polÃticas esportivas, jamais o primeiro passo. O que se viu foi trágico, antes e depois dos Jogos.
Antes, o desmonte de praças esportivas, escolas e moradias para as obras do megaevento.
Depois, além da prisão de Nuzman, e sua